Era uma moça pacata
Sem sonhos, sem alegrias
Até que um dia qualquer
Algo estranho contemplou,
E uma imensa vontade surgia
Sentiu uma vontade enorme
Que mudou sua vida vazia
E era a vontade tão forte
Que consumia todas as
horas do dia
Acordava com a vontade
E com a vontade dormia
Já não comia, nem bebia:
Apenas a vontade lhe
nutria!
Mas era uma vontade lasciva
Aquela que a moça possuía
E de tanto querer,
engravidou
Da própria vontade que
tinha
E gestou com muito mais vontade
O feto da vontade que
crescia
E antes do tempo deu à luz
E sua imensa vontade nascia
Mas era a vontade tão
forte
Tão voraz e mesquinha
Que mal nascera, devorou
O frágil corpo que a
mantinha.
E só restou da pobre moça
A imensa vontade que
tinha!
Nenhum comentário:
Postar um comentário